Do meu palácio encantado, a Dor,
Na solidão, sou mística vestal...
Entoo salmos, oro com fervor,
Imploro a Deus um fim p'ra este mal...
Amei os sonhos dos meus vergéis em flor!
Todos sucumbem, maldição fatal!
Já se apagou dos olhos o fulgor:
É mais frágil a Ilusão que o cristal!
Encerrada na Torre da Tristeza
Fujo da Vida que me desprezou...
Uma sombra alada aos meus pés tombou...
A mágoa alacre com a Paz voltou...
Minha alma amarga comovida reza:
"Livrai-me desta Dor, desta Crueza!"
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