quarta-feira, 24 de setembro de 2008

DESPEDIDA

Acabou-se? Como assim?...
Tenho narcisos à porta
e a dois passos
Na rua da minha escola
Florescem jacarandás

Fechou-se o círculo em si mesmo
dorido e doce
Com a mesma ternura do princípio
Aceitando já tudo o que veio
e o que há-de vir
sem sobressaltos
Rasgando-me em cada lembrança
(espinho ou dádiva?)

_de onde vem este silêncio
subitamente aberto nas arcadas?

Sei que me dei
Foi muitas vezes difícil o percurso:
As forças traíram-me e a dor fechou-me
ardilosa e crua
Levo comigo sorrisos
Deixo de mim amor amor a rodos
e rosas brancas nos sonhos do porvir
Dobra-se-me a alma
em melancolia
Sangrando de saudade viva
Aqui... Sempre...
perto dos meninos que amei
amo e jamais olvidarei.

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