No desespero apático
De mágoas recalcadas,
Na bruma densa isoladora de almas
Ouve-se um sussurro chamando por "alguém"
"Alguém" que não ouve
Não quer
Não responde(!)
Porque...é "ninguém"...
...E as preces dançam de roda...
Agitam-se ardentes trémulas chamas curiosas
Procurando o contacto das minhas mãos vazias...
...E arrancando delas pedaços de estrelas
Com eles rasgando as trevas...
...E as preces dançam de roda
Cercam-me
Perscrutam-me
Penetram-me
Rostos suplicantes de candura
Querendo acalmar no meu olhar distante
A sua fome de ternura... e saciar nos meus beijos
Ânsias amargas de afectos...
Do Nada estéril
Ergui a minha prece...
Sufoquei a minha sede de ventura
Renunciando à dor
No parto doloroso dos meus sonhos vãos.
Envolvi nos meus longos braços dúcteis
Estuantes de Amor
Os meus filhos... que não me chamam "Mãe"...
Subi com eles a escada íngreme da perfeição
Voaram com as aves...
Eu fiquei... agrilhoada à minha informidade...
(Como ensinar as crianças
A serem felizes...?!!!
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