pisei os sonhos
no gral da angústia
enterrei na testa
a aresta aguda
do caco maior
o vidro moído
escapa-se em silêncio
pelos interstícios
das veias
agora vejo por dentro
a realidade fragmentada
no caleidoscópio
dos olhos
cai uma pausa
de espanto
a nivelar os sentidos
na alquimia das horas
ignoro as sombras voadas
nas janelas do sangue
e o assobio
em que embalo
o medo
assalta-me as paredes
sem me afligir
Sem comentários:
Enviar um comentário