segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sem título----------------------------2006

o poema cru
que vagueia intimamente
exigindo a transcrição
e que após a escrita
às vezes nem eu entendo
esta saudade de mim
que submerge a razão
rasga a caliça da língua
subvertidas as palavras
perfura a opacidade das pálpebras
e esgaravata as feridas
no avesso das unhas partidas
diz que quer mas não ousa
escarrar a obsessão

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