terça-feira, 23 de novembro de 2010

ALMOÇO DOS ANTIGOS ALUNOS DO LICEU ANTÓNIO ENES

Dia 20 de Novembro. Sábado. Dia de ficar ilhada por falta de transportes públicos.
Embora tenha calhado deitar-me tarde, bem tarde, levantei-me cedo para poder apanhar o único autocarro do dia para Santarém. Às 8.30.
Desci na ponte e fui com o "Fernando", um bocadinho a pé, um bocadinho andando até à estação dos caminhos de ferro.
Subi para o comboio intercidades, uma agradável viagem até Santa Apolónia. Chegada lá, e felizmente esquecida da cimeira, tomei um táxi para o Cais do Sodré.
Barco para Cacilhas, (e lamentei não conseguir encontrar_também não procurei, diga-se a verdade_ um restaurante onde almocei com os meus pais era eu pequenita, o Carlos ainda não tinha nascido. Ficou-me na memória porque, criança de tenra idade que eu era, Me deslumbrei com as paredes cobertas de conchas, objectos de decoração cor de rosa e nácar, um berço em tamanho natural de conchinhas cor-de-rosa... E o meu pai pediu para ele açorda de camarão).
Depois, e porque o último mail que vira, do Eduardo Marques, me indicava o Pragal para o nosso encontro, iria lá buscar-me, novamente autocarro para esse destino.
Depois atrapalhei-me. O telemóvel deixou de funcionar. Não podia fazer nem receber telefonemas. Pouco habilidosa com as tecnologias modernas, fui pedindo que mo consertassem. Cada pessoa que, com a melhor das boas vontades, lhe mexia, estragava mais.
No Pragal, como não soubesse onde descer para facilitar a boleia, andei, andei, andei... Até que comecei a tentar organizar-me. Quem tem boca vai a Roma, e não tenho vergonha de perguntar.
Lembrei-me então que o almoço seria na Trafaria. (Nunca lá tinha ido. Quando era pequena tinha tido uma caneca da feira com uma vista do sítio. Era a minha única referência...)
No autocarro, e como já perdi a vergonha de falar com estranhos (estranha era eu... forasteira de pai e mãe) fui perguntando onde havia de descer... Restaurante pertencendo aos antigos donos do PIRI PIRI em LM, e o velhote que estava à minha frente era de Ulme, perto de mim, vivia em Almada e ia de propósito lá buscar um frango para o almoço... Logo me colei a ele, claro.
Chegando, perguntei se era ali o evento. SIIIMMMM......
Mandei uma mensagem ao Eduardo e esperei. Andando, porque os "anões" não me dão sossego.
Então chegaram. E tal como eu temia... não conhecia ninguém. Mas fiquei a conhecer. Gente boa. Mais novos, quase todos... Mas com vivências semelhantes, interessantíssimas, bem dispostas, amigáveis.
Conversámos, brincámos, comemos comida moçambicana, trocámos e-mails, outros contactos... Uma família.
Parecia que o tempo se suspendera e a simpatia nos envolvia em memórias, partilha de vidas...
E mistério.
Quando coloquei os meus olhos na Teresa Lopes logo senti que a conhecia. E bem. De onde? Da apresentação do "XICUEMBO" do Carlos Gil meu irmão? Talvez. Ela confirmou ter estado lá... Mas tinha a certeza que não era só isso.
Depois tenho uma vaga ideia... Talvez errada. A Teresa é artista plástica, quem sabe não foi ou é professora e conheci-a há anos, num congresso da FENPROF em Lisboa?
Tenho de perguntar-lhe.
E o que ali foi de gente talentosa! Uma honra subida conhecê-los.
(Não fora o cansaço e o adiantado da hora nomearia os seus nomes, com algumas considerações). Penso voltar ao assunto em breve.
Todos já me contactaram, pedidos de amizade no Facebook, enfim. Vê-se bem que são de Moçambique e do Liceu António Enes.
Sábado que vem volto a Lx. Ao Linhó. (Penso não ficar lá presa, não me dava mesmo jeito)...
E para quê?...ALMOÇO DOS ANTIGOS PROFISSIONAIS DA RÁDIO de LM. Vou encontrar lá os que já reencontrei em Março, e outros que não tive ainda ocasião de rever. Estou que nem me aguento de tanta expectativa.
Que fantástica romagem de saudade tenho vindo a protagonizar desde há seis anos! Parece de propósito e sinto-me feliz.
Me aguardem!

1 comentário:

Virgílio A. P. Machado disse...

Para te avivar a memória nada como uma foto com a tua assinatura no verso:

5.º Ano 1964-65

Atrás: Lino, Apeles.
4.º degrau: Virgílio, Custódio, (39), (40), Garcia, Duarte, Edmundo, Valongueiro, Ricardo, (46), Esteves, Cláudio, Lourenço, Couto, (51).
3.º degrau: (29), Deolinda Gonçalves, Teresa, (32), (33), (34), Alda, (36).
2.º degrau: Ana Maria da Silva Pereira, Isabel Piçarra, Lígia, Luísa (Milly) Barreiros, (21), Dra. Fernanda Ricardo, Dr. Peres de Vasconcelos (Reitor), Dra. Graça de Carvalho, Isabel Guerreiro, (Rachida ou Joana Maria?), Antonieta, (Graça Simbine ou Elsa Fonseca?).
1.º degrau: Dr. Manuel Barreto, Dra. Arlete Casaca, Robertina, Delfina, Pauline (Bonnie?), M.ª Luísa Monteiro, (12), (13), (14), (15), Gabriela.
À frente: Dra. Inês Calisto, Manuela Oliveira, Alzira, Irene (Renéu), Dr. Matos Gomes.

Os números correspondem a colegas que ainda não foram identificados.

Assinaturas não «reconhecidas» na foto: Cecilia Correia, Daniela Soares, Janeca (será a Joana Maria?), Rosa Maria, Tomézinho e outras que não consigo ler.

Outra colega que poderá não estar na foto: Ana Picolo.