segunda-feira, 12 de abril de 2010

MÁSCARA

Escuto um sussurro no vento
no riso escondo igual lamento
sem o deixar aflorar
E mostro nos olhos a alegria do riso
na boca arredonda-se um sorriso
num traço estudado a disfarçar
Eu não sabia
que se via
nem sequer que se notava
que alguém adivinhava
o grito que me viaja
por dentro da mansidão
o choro que engulo teimosa
os passos que me forço a andar
mesmo que os pés se recusem
e o medo me devolva raivosa
ao meu íntimo a escuridão
Não quero que o sofrimento
me enfraqueça a vontade
o espelho me devolva a idade
de desistir e parar
Tenho a força da coragem
que me impele para a frente
e na alma o sentimento
de não me deixar quebrar
Se é bravata ou verdade
só a marca dói na mente
e atrapalha a viagem
e 'inda há tanto para andar

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