sexta-feira, 17 de setembro de 2010

MATURIDADE-------------ideias avulsas e dispersas

O ser humano amadurecido convive bem com a solidão. A solidão também nos ajuda a gostar de nós mesmos. Até que possamos tolerar, apreciar, a nossa própria companhia, não podemos esperar que outras pessoas se sintam muito felizes com a nossa presença.
Harry Emerson Fosdick observou, certa vez, que os que não conseguem suportar a solidão são como "lagoas com as águas eternamente encapeladas pelo vento, incapazes de se acalmarem para refletir a beleza". Que lhes parece?
Não há pior solidão que a acompanhada, que não nos permite o encontro conosco mesmos: meditar sobre as atividades do dia, fazer o balanço do que se passou, ler... Há uma relação direta entre a solidão e o processo criativo. Portanto, estar só é ter uma oportunidade única para crescer, para se enriquecer como pessoa, para se tornar melhor.
Alguém maduro, ou em processo de amadurecimento, aprende a libertar-se de complexos de culpa, que não conduzem a nada. Deve abrir-se e aprender com os seus próprios erros.
É preciso aperfeiçoar-se, procurando aprimorar, desenvolver, as nossas melhores caraterísticas. Deixemos as nossas faltas para trás, que é onde devem ficar. Precisamos corrigir os nossos erros, e então esquecê-los. Guardando, se possível, as lições aprendidas. É como deve ser o perdão, por exemplo:- Perdoar, e esquecer.
Complexos de culpa e de inferioridade, preocupações com erros passados e defeitos atuais não pertencem a um estado de espírito louvável nem desejável.
Se cultivarmos estas atitudes massacrantes, mergulhamos em autopiedade, ou pior, autopunição, e não seremos capazes de respeitar-nos e nem gostar de nós mesmos, da mesma forma que também não gostaríamos de outras pessoas, se as tivessem.
Alguém maduro não pretende ser perfecionista. Quer dizer que devemos compreender que ninguém, inclusive nós mesmos, pode agir sempre acertadamente.
Em consequência, é injusto esperar isso dos outros e de nós mesmos.
Alguém maduro não se leva demasiado a sério. Temos de ser capazes de relaxar e rir de nós mesmos, de vez em quando. É uma das condições para aprendermos a gostar mais de nós, e em tempos de crise, ajuda a relativizar as dificuldades.
É incómodo este pensamento, mas temos de assumir que o nosso comportamento é ditado principalmente pelo grupo social ou económico a que pertencemos. Vestimo-nos, comemos, vivemos e pensamos em função da aprovação social. Por vezes até entramos em competição com os nossos vizinhos.
E se esse ambiente entrar em conflito com a nossa personalidade individual, tornamo-nos, frequentemente, neuróticos e infelizes. Sentimo-nos perdidos e desnorteados _conclusão, não gostamos de nós mesmos.
O valor que damos ao sucesso material e ao prestígio, a tortura de nos querermos igualar aos outros, suplantar os outros, trazem descontentamento, insatisfação, ansiedade, e levam a enfermidades do espírito.E também acredito que a falta de uma espiritualidade em crescimento contribui para a falta de orientação emocional.
A personalidade de cada um não pode ser mudada. Ninguém muda ninguém na sua essência. Essa personalidade pode apenas ser revelada. Temos obrigação de aprender a conhecer-nos. Despojar-nos do medo, da renúncia, da falta de confiança em nós mesmos. Conhecer os outros e respeitá-los. Desistir de tentar modificá-los ou controlá-los. Até porque não é possível, e sairemos frustrados no intento.
O processo de amadurecimento da mente é uma aventura contínua no caminho do autoconhecimento. "Conhece-te a ti mesmo"- dizia Sócrates.
É necessária maturidade até no trabalho. Que está difícil e precário. Então, se não pudermos ter a ocupação que gostávamos, procuremos criar atitudes positivas de apreço pelo que temos de fazer. Imprimir o nosso cunho pessoal às tarefas, com o nosso empenho.
E cultivemos a simpatia no local de trabalho, ajudando a criar um clima agradável de boa vontade, de afecto e até cumplicidade entre colegas e patrões.
Ter consideração por si próprio é indispensável (brio profissional).
Tentemos olhar as dificuldades como desafios, oportunidades para crescer, para mostrar o melhor de nós mesmos, para ter sucesso.
Devemos permitir-nos obter uma auto-realização criativa. Nossa.
CONSELHOS:
1º- Procurar diariamente alguns momentos de solidão.
2º- Esforçar-se por romper hábitos. (É até uma forma de prevenir Alzheimer).
Mesmo os princípios básicos podem ser algumas vezes desafiados. Os não-conformistas são responsáveis pelo progresso da civilização.
3º- Procurar exercitar-se. O entusiasmo traz cor à vida e acrescenta vida aos anos.
Pessoas aborrecidas são imaturas. Se aborrecem os demais, não têm consideração por estes. Há quem tenha um peculiar sentido de humor, geralmente à custa de graçolas acerca dos outros. Só eles se acham graça. São pobres de espírito e não sabem. Têm parca imaginação e falta de sensibilidade e bom senso.
Ser aborrecido é quase sempre sintoma de um ser desorientado, estático, imaturo, que deixou de progredir.
Há outros que se comprazem em chocar as pessoas. Deleitam-se a dizer coisas impróprias, a salpicar a conversa de palavrões, inconveniências, imbecilidades. Dão, de si próprios, um triste espectáculo de imaturidade.
4º- Aprender a ser assertivo. Saber o que quer, e lutar por isso com diplomacia e persistência.
5º- Não existe vacina contra a rejeição. Dói, mas é inevitável. É indispensável enfrentar essa dor. Gradualmente descobriremos que somos capazes de aguentar as separações. E aqueles de quem somos obrigados a separar-nos não nos limitam. E às vezes nem voltarão a recordar-nos. Sigamos em frente.
6º- Aproveitem a vida. Ousem quebrar regras.Perdoem rapidamente. Nunca deixem de sorrir, por mais banal ou bizarro que seja o motivo. É preciso lembrar que não há dor que um abraço não mitigue. Não há prazer sem risco. Não há realização que não comporte a incerteza de vencer desafios.
A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas já que cá estamos, temos de comemorar!!!
Cresçam de vez e apreciem a Vida!

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