segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CLOSET------------------06-10-06

Há já demasiado tempo que não abro as portas do armário... Pressinto incomodada o que guardam... Quando passo, de relance, olhando para o outro lado, oiço o chocalhar dos ossos... Os esqueletos estão lá... os mesmos de sempre... Os monstros , no fundo, alapados no oco do escuro, a coberto do silêncio, engordam , sonsos, nutrindo-se dos meus medos, das minhas inseguranças, da mágoa insidiosa que encafuei lá dentro, para não a ver...
Quando predar a alegria, escancararei o silêncio. Talvez as dobradiças não sustenham o meu ímpeto, e os morcegos voem para longe... Talvez os sustos se encolham sem remédio, diluindo-se nas trevas ora invadidas pela luz a jorros. E a verdade os espantará.

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