Para ti amigo
especial
eterno e ausente
o meu preito
insatisfeito
de lucidez vazia e magoada
um sonho inútil
reduzido a nada
e um sentimento absurdo
e intemporal
ecos soturnos de musa doente
os meus poetas que partilho
na certeza
de que nos entenderemos
no seu canto
um assombro às vezes de alegria
outras de pranto
e o silêncio que rasgo à tua beira
mas não oiças a tristeza
(de vil não há quem a queira)
as palavras que arremeço a desvendar-te
a ternura dos meus olhos que não vês
uma lâmina de prosa a procurar-te
a dualidade tão despojada e nua
e a fé na eternidade
em que não crês
esta verdade crua
em que me despeço
Vês?...
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