na noite incendiada
o gume do silêncio
cinde a angústia
e a memória improvável
agasalha o medo
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No oco da noite
o assombro
da esperança
esventrando
a mágoa suspensa
na janela do medo
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Sim
cultivo agora
a Alegria
rego-a em lágrimas
e sangue novo
Alimento-a na Coragem
(digo raiva ou fúria
ao Sol do pranto)
Sinto-a florescer cá dentro
e rebentar amarras
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expús a jugular
ao canino sedutor
já não vejo
o meu reflexo na Vida
nem na sombra
dos teus olhos
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onde aprendi
a perícia
de esgaravatar
as feridas
no avesso das unhas
partidas?
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P'rá frente Dor
Acorda o espanto
Afasta o desamor
Enxuga o pranto
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Destroçaste o meu coração
sem cuidares que nele residias...
Diz-me: pensavas restar incólume?
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