sexta-feira, 15 de maio de 2009

Paz e esquecimento"-------------------1965

No silêncio gélido
e profundo da negra noite
eleva-se pungente
a toada do cisne moribundo
a expirar na dor
suavemente
E num desafio
sulcando o espaço
junta-se à sua a minha dor
Há no meu peito
angústia e cansaço
Pranteio em vão meu malogrado amor
Secar meu pranto desejaria
mas a cruel paixão que em mim mora
é fogo que abrasa e me devora
Tornar-me insensível
quereria
Dormir no lago onde o cisne
chora
Sonhar com a ventura
de outrora

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