quarta-feira, 27 de maio de 2009

SEMANA AFRICANA--------------------2009

Depois de ter sonhado um ano inteiro com as actividades e entretenimentos proporcionados pela UTIS nesta semana tão especial, aqui está ela... E eu, carregando uma "juventude acumulada" com excesso de IVA, mazelas e maleitas, sem poder aproveitar... É de sentir uma certa raiva! Mas para quê? A PDI, ou DNA (data de nascimento antiga), cobram o seu tributo... Além disso, também não havia muito a esperar de quem nasceu com 1,700kg, de tempo, e escolheu bem. Adiante.
Hoje estive lá, no Teatro Sá da Bandeira em Santarém, no meu mester de contadora de histórias... de África, claro. A meninos do jardim escola. Foram momentos muito bem passados: com uma pequena lenda expliquei, de uma forma fabulística, isto é, simples, divertida e didáctica, porque é que as galinhas esgaravatam a terra, e a razão das lebres terem a cauda curta, e também contei a história de Mariam e a Papaia , muito ternurenta e combatendo naqueles espíritos pequeninos o egoísmo, fomentando a ideia de partilha e de afectos familiares. Amanhã contarei a crianças de 7, 8 anos a estória de "O Leão Vegetariano", engraçadíssima, "A Maldade da Hiena", e" A estória de Madevo", de Paula Ferraz. Esta desvenda, de forma hilariante, os malefícios da vaidade e da gabarolice. São momentos muito bons, em que me divirto tanto ou mais que o público pequenino. À tarde, se houver assistência suficiente, mais do que uma pessoa interessada, orientarei um workshop de construção de máscaras africanas, tradicionais, e cabeças vestíveis de animais. Depois haverá projecção de dvds e colóquio, gastronomia africana, música... Sempre haverá música e eu regressarei a casa sem assistir aos espectáculos, sem participar na animação... Sim, que ouvir aquela música contagiante sem conseguir dançar é uma tortura a que não me apetece submeter-me. No Sábado faremos, como de costume, uma tarde de poesia africana, com os meus amigos escritores dos Cadernos Moçambicanos--Manguana (Manhã). A seguir, as senhoras batucadeiras da Cova da Moura deliciar-nos-ão com a exibição do tradicional batuque de Cabo Verde, contando "cosas de mudjer". Que ferro não ser capaz de saltar para o meio delas, como de outras vezes, e batucar, e sacudir, e encher-me de júbilo e frenesim!
Mas para o ano vingo-me! Se Deus quiser hei-de ter vida e saúde e disposição para tirar a barriga de misérias! Quem quer juntar-se a nós? Há muitas mais actividades e focos de interesse!...

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